GUINE-BISSAU : UM
PROJETO SUB-REGIONAL DE NEOCOLONIZAÇÃO
Cada dia que passa, faz-se luz
sobre os contornos e planos que estão subjacentes às acções e posições que têm
sido assumidas pela CEDEAO, relativamente ao conflito político-institucional
que assola a Guiné-Bissau.
Num primeiro tempo, depois de
terem neutralizado cirúrgicamente o Presidente da República, José Mário
Vaz (JOMAV), que incautamente caiu no engodo da mediação assumidamente parcial
da CEDEAO, permitiu-se ingénuamente, ser “despido” de todos os seus poderes
constitucionais e, ser transformado num antêntico refém e figura anedótica
de presidencialismo na sub-região.
Também, foi sob pressão e
injunções tutelares, desrespeitosas e ditatoriais que, a CEDEAO impôs aos
guineenses a sua agenda eleitoral e os moldes da realização das legislativas
que, apesar das falcatruas e manigâncias engendradas acabaram por reservar uma surpresa
madrasta para o partido da sua preferência, o PAIGC. Porém, para que o poder
não fugisse fora do radar do seus cumplices no sombrio projeto de
neocolonização da Guiné-Bissau, a CEDEAO não se coíbiu, mais uma vez, de vir em
socorro dos seus protegidos, aconselhando-os e apadrinhando a apressada
coligação de incidência parlamentar entre o PAIGC/APU-PDG/UM/PND.
De seguida, veio a imposisão, com
privilégios de inamovibílidade e intocabilidade, a nomeação de Aristides Gomes
(agente de confiança e representante dos interesses e lobbys franceses na
Guiné-Bissau), para se dar seguimento ao projeto de colocar o país
e as suas imensas riquezas (petróleo, gaz, uránio, fosfato, bauxite etc...)
sob a alçada e controlo do colon
françês (sempre ávido das nossas riquezas). Essa estratégia, visa garantir
a futura exploração das nossas riquezas em proveito da França, passando pela fachada do
proteccionismo-intervencionista sub-regional ao impôr aos guineenses, um PM da conveniência da
França. Por isso, entende-se agora melhor o estatuto de inamovibilidade atribuido
pela CEDEAO ao seu PM Aristides Gomes (AG), querendo impô-lo, até a realização das presidenciais, pois
basta, prestar-se atenção à atuação das forças da escolta da Ecomig de AG, em postura de alerta de guerra assumida, como a querer, intimidar qualquer pretensão ou veleidades de impedi-lo de exercer as suas
funções.
Também não se deve deixar passar em
claro as declarações em tempos feitas por DSP, quando afirmou que, o governo recém nomeado de
Aristides Gomes, é um governo à prazo, um prazo limite que vai até a realização
das eleições presidenciais previstas para 24 de novembro. Na realidade, esta
afirmação de DSP, não tem nada de inocente, pelas razões que de seguida, passamos a
expôr.
DSP engendrou com cumplicidade da
CEDEAO/GETAPE/CNE, um esquema mafioso para levar a cabo uma mega-fraude eleitoral
que lhe “dá
garantias seguras” de vencer as presidenciais de 24 de novembro 2019, logo à
primeira volta. Para isso, DSP ordenou mexidas cirúrgicas na GETAPE, mandou criar estratégicamente a Secretaria de Estado da Gestão Eleitoral a fim de neutralizar a
CNE nos aspectos operacionais e de supervisão do processo (esta estrutura foi entregue ao
cadastrado Justen Nosolini para fazer as trafulhices do costume, desta vez, devidamente coadjuvado
por uma equipa de especialistas nigerianos e delinquentes brasileiros em
ilicitos eleitorais). Para completar o esquema, DSP conta com cumplicidade vergonhosa da CNE, assim como a garantia da protecção da CEDEAO, para caso necessário,
vir a intervir para consolidar e dar caução ao golpe eleitoral programado.
Foi no contexto acima que despuradamente,
sem dar a devida conta, que o lider do PAIGC, “sentiu-se” traido pelo desmedido da sua ambição
e, descuidadamente proclamou-se antecipadamente, como o futuro “presidente” da
República
da Guiné-Bissau, estando na altura ja a prespetivar o seu “mandato”
presidencial, com um novo Primeiro ministro, aconselhado e
escolhido pelos seus padrinhos da CEDEAO com o qual, formariam o par de “iluminados” para governar o futuro da Guiné-Bissau..., um remake guineense, tipo
Puttin/Medvedev.
Esse projetado PM, seria Paulo Gomes, o menino bonito dos títeres e déspotas da sub-região, o “prodigio” que irá marcar definitivamente, com sua "inteligência superior", franconizar e subjugar, o teimoso apendice regional luso-guineense, que tanto incomôda, a quíetude dos subserventes chefes de Estado da vizinhança regional.
Esse projetado PM, seria Paulo Gomes, o menino bonito dos títeres e déspotas da sub-região, o “prodigio” que irá marcar definitivamente, com sua "inteligência superior", franconizar e subjugar, o teimoso apendice regional luso-guineense, que tanto incomôda, a quíetude dos subserventes chefes de Estado da vizinhança regional.
Pergunta-se, será que, o DSP
converteu-se à francofonia abandonando o espaço da influência lusófona ?
É bom notar que, DSP há muito
mudou o seu chip estratégico-proteccionista para o girão francófono,
pois cedo, compreendeu que, nem a CPLP, tão pouco Portugal sózinho
ou Angola, estarão algum dia, à altura de conseguir impôr um presidente das suas preferências na Guiné-Bissau, que não
sejam da “escolha” dos interesses geo-estratégicos que imperam na sub-região
(veja-se o caso flagrante de Carlos Gomes Júnior que, claramente a CEDEAO
não queria que fosse presidente da Guiné-Bissau em 2012... e, na realidade, não
o foi, por impedimento da CEDEAO...)... e, DSP compreendeu bem e muito cedo essa mensagem.
Por isso, hoje mais do que
nunca, DSP ASSUME-SE COMO O CANDIDATO PREFERIDO E CLARAMENTE APOIADO PELA
CEDEAO.
Enfim, tudo está
preparado e delineado e só um milagre abortara os intentos da CEDEAO de impôr a sua
ordem e ter os cordelinhos da Guiné-Bissau nas suas mãos, impondo na presidência e
governo os seus homens de mão que, são respetivamente : DSP para Presidente e PG para PM.
E assim, se nada fôr atempadamente feito, queiramos ou não :
Aristides Gomes continuará a ser o PM da Guiné-Bissau e será ele e o seu governo a organizarem estas eleições de 2019, como bem entender e mandar a CEDEAO..., fazendo mais uma vez um ato de humilhação para o Povo guineense ;
DSP irá ganhar as eleições
presidenciais, as mais fraudulentas do país, logo à primeira volta e, caso houver contestação a CEDEAO irá intervir e consolidar a
fraude ;
Paulo Gomes será o
prôximo o PM da Guiné-Bissau e, o nosso país, passara a ser a província
mais ao Sul do Senegal, depois da Casamansa.
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