SOBERANIA OU SOBRANCERIA
O Presidente da República (PR) cessante, José Mário Vaz (JMV), não marcou presença nesta última
Cimeira das Nações Unidas, a qual seria a derradeira, do seu conturbado mandato. As razões invocadas pelo governo, é de que, não tinha verbas disponiveis para o efeito. Dito de outra forma, "não há pão para os mendigos", pois para este Governo de Aristides Gomes de encarnação Dominguista..., o PR não representa "nada" para o nosso pais e, acima de tudo, é um alvo a velipendiar à todo o custo.
Contudo, paradoxalmente, o Governo teve verbas e meios, para fazer deslocar uma numerosa delegação governamental, constituida pela Ministra dos Negócios Estrangeiros, Susy Carla Barbosa, que chefia a Delegação, a Ministra da Saúde Nely Robalo, a Ministra do Ambiente, o Ministro da Educação, respectivos DG e staff's técnicos. Enfim, uma numerosa delegação, na qual a Chefe da Delegação, se farta de se exibir no blog oficial do regime manipulador de DSP, onde supostamente tem o exclusivo das aparições e onde, passa-se a expressão, ela é fortemente vangloriada e sufragada, como a nova ícone do "empoderamento feminino nacional"...Favores e elgios desmesurados... à troco de quê ?
Para o PR cessante, o Governo não teve verbas, mas para a sua comitiva oficial, o Governo teve verbas, incluindo per diems faústas e mordómicas, para se organizar passeatas e show-off's à medida e ao gosto da MNE, muito dada à promoção gratuita no blog e pasquim preferido do regime.
Compreende-se perfeitamente que, essa manobra foi meticulosamente urdida e préviamente planeada pelo "Governo de Aristides Gomes em mode control de DSP" e, tem, como único objetivo exercer uma acção de pura retaliação, vingança e humilhação, conseguindo encerrar da pior forma o fim do ciclo do mandato de JMV.
Foi seguramente, uma vingança com sêlo e instruções de DSP, pois foi uma desfeita servida à frio e com laivos de maldade e executada de forma desprezivel, ao proíbir-se leviana e caprichosamente, um Chefe de Estado, embora desgastado e com fim de mandato dificil, de ter acesso, ao palco cimeiro das Nações civilizadas, e assim ter a possibilidade de encerrar o seu ciclo de magistratura presidencial de forma airosa e menos penosa.
Porém, desnecessariamente, ao JMV, o Governo em funções decidiu dispensar-lhe, um tratamento;, desrespeitoso e banal, com mera intenção de vingança e humilhação. .
DSP mais uma vez, foi cínico, frio e vingativo e exercendo à distância os poderes que detém no Governo,... mandou deixar JMV em terra, por alegados motivos de falta de disponibilidade financeira do Governo, enquanto as "divas" do seu regime de remoto-control se pavoneavam em selfies e post para a prosteridade nos corredores e recantos das Nações Unidas.
Queiramos ou não, temos de reconhecer que, o acto de humilhação preparado contra o PR, foi servida com requintes de malvadez e desprezo absoluto pela sua pessoa e figura, deixando todas as pessoas que se reconhecem nu Estado de bem, perplexos com tamanha deslealdade e falta de consideração, para uma figura tão representativa do pais.
Quís o Governo humilhar JMV e, conseguiram-no, porque na lógica deste governo e da CEDEAO, o PR JMV, já não representa nada para este país e por isso, não perderam a ocasião para lhe brindar com um "au revoir" de tamanha humilhação.
Contudo, é bom que, os Mestres do jogo sujo que fazem imperar as suas regras adulteradas da democracia no pais, entendam que, a humilhação que fizeram ao JMV é extensivo ao Povo guineense, porque a baixesa dos argumentos utilizados para impedir o PR de estar presente na Cimeira das NU, ofende todos os guineenses, porquanto de forma despurada e ostensivamente, em sentido contrário abriram esse almejado palco, descaradamente a uma comitiva governamental, igualmente de ilegais que, mais não sabem fazer, que promover as suas imagens, sem ter em conta e consideração que, o país em si, é negativamente julgado pelo nível de actuação de baixo nivel dos seus dirigentes.
Na realidade, como se pode justificar essa sujeira de pura trapaça política de exercicio desmesurado de um ajuste de contas politico radicalmente pessoalizado, para se permitir de forma indecorosa, vexar, todo um Povo e uma Nação com comportamentos e acções de lideres políticos de baixo nível e condutas éticamente reprovaveis.
Como será que a MNE que quiça realizara o sonho de falar em nome do nosso pais, irá justificar-se perante os seus pares, o facto de ela estar presente na cimeira e o PR do seu pais não puder estar..., quando o argumento falacioso utilizado pelo seu Governo para justificar a ausência do PR, era a falta de verbas no Tesouro Publico ?
Uma verdade é certa porém, este governo não é mais legitimo do que o PR JMV, para merecer estar presente na sede das NU a representar o país, porque este governo não é legalmente legitimo perante os guineenses, pois carece igualmente de legitimidade governativa, decorridos que são quase noventa dias sem se dignar a apresentar na ANP, o seu programa de governo e o respectivo OGE, instrumentos de governação que caucionam a legitimidade de qualquer governo, perante os representantes do Povo, legitimando-os a governar.
Deixar ir o Governo e bloquear JMV, foi uma estrategia politica de baixo nivel e sem paralelo na nossa historia democratica.
PS : Falando da legitimidade e da deriva de autoridade em que esta mergulhado o pais, temos o caso marcante da falta de sentido de Estado e de responsabilidade dos actuais "Governantes", que deliberadamente tem-se escudando em expediente dilatorios e manobras de chicanas politicas vergonhosas, para justificarem a recusa persistente, desrespeitosa e descarada do actual Primeiro ministro em respeitar a lei e apresentar-se perante a ANP para submeter o seu programa de governação e respetivo OGE.
...Pelo contrario, o inamovivel PM (segundo a CEDEAO) da-se... ao luxo e ao desplante de, ser ele mesmo, a escolher a data da respetiva apresentação na ANP, dia 15 de outubro 2019, isto é, decorridos mais de 90 apos o seu empossamento dias.
Enfim, mudam-se as maiorias, mudam-se as tacticas e, entre filhos e enteados, como tem sido habito quando se trata dos filhos, da parte da Comunidade Internacional, da CEDEAO, da CPLP e dos intrometidos embaixadores dos EUA e de Angola... nem um mugido, tão pouco um tossido.
Bissau (Bairro de Caliquir), 25 de setembro 2019
Arlindo C. d a Silva
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
P.A.I.G.C….QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ !!!
P.A.I.G.C….QUEM TE VIU
E QUEM TE VÊ !!!
Outrora, um partido de principios
nobres, de dignidade, de moralidade e de legalidade.
Hoje, um partido sem principios,
sem nobreza de carácter, sem dignidade e à margem da legalidade.
Hoje, o PAIGC é a imagem da
personificação do carácter, da forma de actuação e da postura de quem o lidera.
O PAIGC mudou a sua matriz
libertadora, inclusiva e de massas, para uma matriz elitista, sectarista, urbanizada
e acima de tudo centralista e fortemente personificada.
Um paradigma novo, inventada e
imposta matreiramente, com o propósito de dar corpo e sustentabilidade a
um projeto de culto de personalidade à volta de um líder egocêntrico, narcísista,
manipulador e ditador em gestação.
O PAIGC que outrora, mesmo sendo
espezinhado dos seus direitos, perseguido e constrangido no exercicio dos
ganhos políticos
alcançados nas urnas, soube sempre, lutar com dignidade, dentro do quadro da legalidade,
na base de principios de conduta e de procedimentos. O PAIGC, fazia da coesão interna,
a solidariedade e a capacidade de resistência, as suas arma mais fortes dos
combates politicos, mas sempre, dentro do quadro legal, da transparência e da
exemplaridade de conduta, exigindo sempre o respeito das regras democráticas
e do Estado de Direito.
Hoje, é o PAIGC que dá
os maus exemplos da falta de transparência no jogo político, da falta de ética, de
coerência e honrabilidade, do desrespeito das regras, dos estatutos e dos
acordos.
Hoje, o PAIGC dá primazia
ao jogo da manigância, da manipulação, da intrujíce, da aldrabice, da vilânia e
trapaça dos “chicos espertos”, tanto no exercício da política
corrente, quer nos acordos ou parcerias com os demais partidos.
O PAIGC de hoje, deixou de ser um
partido sério e exemplar, perdeu a essência com que outrora actuava, mesmo à
custa de sacrificios de um partido mártir.
O mau exemplo verificado na
constituição da mesa da presente legislatura, foi o prenúncio de uma conduta de
charneira que, infelizmente vem sendo hábito e prática, num partido, que outrora
fora exemplo acabado de uma cultura democrática de excelência. Desse
caso, seguiram-se outros casos, de falta de lealdade, tais como os das nomeações à revelia de Directores
Gerais nos ministérios e institutos públicos, cujas tutelas cabiam aos seus
parceiros de “coligação”, assim como, o caso recente de se avançar para as “correcções”
dos cadernos eleitorais sem consulta ou consenso com os parceiros da “coligação”
e tão pouco, com os demais partidos políticos.
Hoje, é com mágua
que vejo o PAIGC levar 74 dias sem poder apresentar o OGE e o Programa do
Governo na ANP e a fugir de uma responsabilidade legal, ao ponto de recorrer a
meios subversivos de jogo de sindicatos, para servir de Cavalo de Trôia para
obstruir, inviabilizar ou protelar essa obrigatoriedade de se apresentar
perante a plenária da ANP para ser sindicado sobre a sua legitimidade de
poder ou não governar.
Esse medo, essa fuga para a
frente, justifica-se pelo receio de ser derrubado com uma moção de censura...porém,
nada mais simples e natural no jogo democrático, pois a força de governar
advém da força dos argumentos nas urnas. E, neste caso, o PAIGC está
em queda livre de menos 10 deputados por legislatura.
Hoje, é certo que não me revejo
neste PAIGC actual que me envergonha e deprime, pela postura indigna de um
grupo de trapaceiros, que querem transformar a nobreza do jogo político
democrático,
num jogo de “chicos espertos”.
Saudações de um combatente de
Cabral
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
DROGA : COINCIDÊNCIAS COMPROMETEDORAS
DROGA : COINCIDÊNCIAS COMPROMETEDORAS
Dois ditados populares, retratam a
atualidade da temática da droga e o debate que tem suscitado na politica
guineense estes últimos dias : “o hábito faz o monge e “diz-me com
quem andas e dir-te-ei que és”.
Na observação dos factos, quando
as coincidências são tão concludentes, é muito dificil assacar outras
conclusões, senão as que se ajustam aos dois ditados populares acima citados.
É dificil, senão impossível
desassociar o Governo do Primeiro ministro Aristides Gomes(AG) aos assuntos e
dossiês mais cadentes do tráfico da droga na Guiné-Bissau.
Na realidade, com comprometida
coincidências, foram nos sucessivos Governos em que esse político
participou, é que o país mostrou uma estranha empatia e relação de atração com o
tráfico
da droga.
Essas relações comprometedoras,
altamente suspeitas, foram sucessivamente verificáveis, nas seguintes
circunstâncias e ocasiões :
1)
aquando da sua Primatura no consulado de
Nino Vieira, após apreensão de seiscentos (600) kg de droga, estes sumiram
misteriosamente dos cofres do MEF, cujo ministro de tutela de então era outro
empático
com a droga, o Nado Mandinga. Essa enorme quantidade de estupaciente
desapareceu dos cofres do Estado.., “voltalizando-se” por completo, sem deixar aparentemente
rastros. Porém, sabe-se de boca cheia em Bissau, de que, a respetiva droga foi
levado por alguém ligado ao meio do tráfico que, em conluiu com os demais
supracitos dividiram os lucros desse tráfico. Desse assunto, falou-se muito,
mas acabou, como se costuma dizer em crioulo, “suma mon de sal na iagu”;
2) no
seu consulado como PM indigitado da CEDEAO para realizar as eleições
legislativas de março passado. Nas vésperas desse pleito foram apreendidas
quase 900 kgs de droga que, aparentemente foram queimadas sob apertada
vigilância da PJ, DEA-Americana e da Comunidade internacional.
Entre acusações
de parte à parte, entre o governo coadjuvado pelo PAIGC tentaram colar o
assunto à oposição e à presidência da República e, estes em
contra-ataque, tudo fizeram para associá-lo ao Governo e aos Libertadores. No
esgrimar de argumentos, ambas as partes acusavam-se mútuamente de estarem a
financiar a campanha eleitoral com o dinheiro da droga, mas sem que, alguma das
partes tenha mostrado as evidências das suas alegações.
Neste caso específico
e do meu ponto de vista, é ao Governo, detentor do ius imperium que pendia o onús da prova, e que, porconseguinte
tinha por dever e obrigação, fornecer as evidências de que não tinha nada a ver
com o assunto da droga e, mais do que isso, trazer à justiça os verdadeiros
responsáveis
desse crime. Nada disso chegou porém a acontecer por parte do executivo.
Entre acusações
e contra-informações nos meios de comunicação e nas redes sociais afetas às
partes interessadas, o assunto acabou morrendo solteira. Porém, nenhuma das partes
conseguiu esconder os evidentes rastos de enriquecimento rápido
e fortes sinais exteriores de riqueza ilícita que marcaram esta última
campanha eleitoral, marcada pelo luxo e extravagância, com
acentuado pendor por parte do Governo e do PAIGC que lograram fazer uma
campanha eleitoral de luxo e extravagâncias nunca vistas no país.
Esses dois indicadores de sinais exteriores de riqueza ilícita e realização de despesas exorbitantes, são sinais fortes que mostram
as evidêncas, de quem na realidade tinha as mãos sujas nesse assunto da
droga.
3) Bem
recentemente, no seu presente exercicio governativo foram apreendidas quase
duas toneladas de droga pela PJ em colaboração com a DEA-Americana, a maior
realizada no país até então.
Mais uma vez, o
nome do Primeiro ministro, Aristides Gomes veio de novo à baila e, desta vez,
com contornos e coincidências extremamente comprometedoras. Aliás,
a sua intervenção apressada através de uma entrevista, a tentar desmentir o seu
não envolvimento em qualquer ato de tráfico da droga, foi encarado como um
mau pronúncio
e sinal de que, não se sentia à vontade
com o assunto.
Na tentativa de se justificar precipitadamente, foram trazidas
ao assunto novos fatos com coincidências comprometedoras com o referido tráfico
de droga.
Entre os fatos,
foi trazido ao público, de que o PM Aristides Gomes, dias antes do
acontecimento da apreensão da droga, nomeou o cidadão colombiano de nome, Cano
Zambrano Jhon Jaime, ao cargo de seu Conselheiro Especial, com direito a um
passaporte diplomático, com honras, privilégios e regalias inerentes. Por
coincidência e azar do PM, o referido cidadão é na realidade, um barão da droga
e está
seriamente envolvido no tráfico da droga ora apreendida.
Como se costuma dizer nestes
casos..., ou o PM gosta muito da droga, ou é a droga, que gosta muito, e não
larga o PM, Aristides Gomes em todas as suas andanças politicas.
Porém, uma coisa é certa e foi
visível
na campanha eleitoral passada e, tenderá a agravar-se nestas eleições
presidenciais que se avizinham : há muito dinheiro sujo a ser injetado
nas campanhas políticas.
Essa injeção milionária
de recursos financeiros nas campanhas, só podem ter como origem, uma destas
duas fontes de rendimento ilícito :
-
o tráfico
da droga ;
-
o erário
público.
Por inquestionável
e comprometedoras coincidências, em ambos os casos, o nome do PM Aristides
Gomes está
fortemente envolvido.
Perante fatos, não há argumentos,
Perante as evidências, não há
como negar.
Bem hajam,
Carlos P.M
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
C.E.D.E.A.O. À DERIVA NA GUINÉ-BISSAU
C.E.D.E.A.O. À
DERIVA NA GUINÉ-BISSAU...,
UMA ORGANIZAÇÃO, SEM RUMO E SEM CRITÉRIOS IMPARCIAIS DE MEDIAÇÃO
A nossa organização regional está
completamente perdida com o escopo da sua missão na Guiné-Bissau, que é
supostamente de servir, como instrumento de interposição e de mediação no
conflito politico-institucional no país, missão essa, orientada na perspectiva
de se promover o restabelecimento da legalidade democrática e garantir a estabilização
e consolidação das instituições democráticas no país, fortemente abaladas com o
golpe de 12 de abril.
Até hoje, apesar de estar já, perfeitamente
impregnado da matriz do conflito politico-institucional, ela persiste teimosamente
em falhar no terreno, pautando-se por assumir posionamentos e tomadas de
decisões desajustadas e desenquadradas que o momento politico do país exíge.
A CEDEAO, para mostrar aparente “autoridade”
e fazer ilusóriamente
respeitar, teima em apostar em decisões musculadas, mas completamente
desacertadas, as quais, violam e espezinham grosseiramente a nossa Constituição,
a nossa soberania e nossa dignidade como
Povo e Nação forjadas numa luta de independência impar.
É cada vez mais flagrante de
que, a CEDEAO é uma organização, sem autoridade moral e exemplos de boa conduta
política, pois na Guiné-Bissau, ela tem abusado e estravasado das prerrogativas da sua mediação e, tem assumido
recorrentemente, posições de flagrante desrespeito para com o Povo guineense,
pela nossa soberania nacional e pela vontade popular plasmada nos resultados da
última
eleição legislativa de Março passado.
Esta conclusão para mim, é bem
perceptivel e devidamente fundamentada nas diversas posições e factos
protagonizados por essa organização regional, entre as quais, passo a expôr,
apenas algumas de recente actualidade :
- à data presente, a CEDEAO, de
forma injustificável e descabida, tem demostrado um posicionamento de claro
favorecimento para com um dos contentores políticos, elegendo-o como o interlocutor
político
priviligiado e mais credível de entre os demais, dispensando-lhe de há
uns tempos à esta data, descarada e inexplicável protecção e escolta
especial da ECOMIG, enquanto os demais lideres políticos e candidatos presidenciais, são ignorados e
deixados à sua sorte.
Pergunta-se com quais critérios e fundamentos se baseiam a CEDEAO para se dispensar ao candidato Domingos
Simões Pereira, vulgo DSP, essa protecção e escolta personalizada ? Não será que, a
justificação conjuntural que em tempos fundamentou esse beneficio, já
não está
caduco ? Ou será que, estamos perante tratamentos diferenciados, um para o “filho preferido”
e outro, para os “enteados”;
- A CEDEAO, tem-se posicionado recorrentemente
e de forma deliberada, sempre em alinhamento com as queixas e pretensões
apresentadas e defendidas pelo seu interlocutor priviligiado, mesmo que para tal, tenha que
disvirtuar regularmente o escopo da sua carta de missão, para invariavelmente, engendrar
posições e decisões que tendem a favorecer no quadro politico,
as pretensões do seu político protegido.
Este facto, foi recentemente verificável
aquando do posicionamento da última missão que, à partida seria uma
missão de avaliação e minotoramento do processo eleitoral em curso, mas acabou
por enveredar por considerações e recomendações que, vão muito para além do escopo da respetiva missão, acabando por imiscuir-se
grosseiramente no jogo político e no exercicio do judiciário, ao afirmarem no
comunicado final de que, “o Governo actual devia imperativamente manter-se em funções até a realização das eleições (????) e que, as instâncias judiciais deviam abster-se de criar entraves ao
processo eleitoral”.
Essas declarações, chocam pela
petulância e arrogância com que foram exprimidas e demostram um claro desprezo
da instância regional pelo nosso país e as nossas instituições da República,
porquanto, elas foram expremidas, à revelia e em clara deturpação dos respectivos mandatos.
Os membros do órgão de minotoramento, têm faltado sistematicamente ao respeito ao Povo guineense com declarações e posicionamentos estapafúrdios e grosseiros, deixando o essencial da sua missão por resolver, onde deviam tomar posições firmes e claras, como são os casos relacionados com a ilegalidade da “correção” do recenseamento (???) que esta a ser levada avante pelo Governo apesar das fortes contestações e, também, da legalidade ou não da existência da famigerada Secretaria de Gestão Eleitoral, estratégicamente entregue ao maior delinquente e fraudador de dados eleitorais do país.
Os membros do órgão de minotoramento, têm faltado sistematicamente ao respeito ao Povo guineense com declarações e posicionamentos estapafúrdios e grosseiros, deixando o essencial da sua missão por resolver, onde deviam tomar posições firmes e claras, como são os casos relacionados com a ilegalidade da “correção” do recenseamento (???) que esta a ser levada avante pelo Governo apesar das fortes contestações e, também, da legalidade ou não da existência da famigerada Secretaria de Gestão Eleitoral, estratégicamente entregue ao maior delinquente e fraudador de dados eleitorais do país.
Não será esta preferência
explicitamente assumida pela CEDEAO à favor de um candidato presidencial, um
sinal escamoteado de um apoio implícito da CEDEAO ao candidato DSP,
podendo este, ser considerado pelos eleitores, como o candidato oficial da CEDEAO
para as presidenciais na Guiné-Bissau ?
- A
CEDEAO, nas suas inúmeras missões de consulta ou minotoramento, nunca tentou
exercer o verdadeiro contraditório junto às demais partes
interessadas de forma coerente e responsável, para de forma sustentavel,
inteirar-se de forma ampla e inclusiva dos constrangimentos do processo
guineense, limitando-se a circunscrever as sucessivas missões de minotoramento
e outras, somente às questões suscitadas por uma parte do conflito e a recolher, apenas os inputs vindo dos círculos restritos, ondeo potestativo
candidato da CEDEAO, exerce lobby’s de influência muito fortes à seu favor.
Porque razão a CEDEAO, nunca mais
falou ou exigiu a questão da composição ilegal da Mesa da ANP reclamada pela oposição e, onde o partido
no poder, usurpou assentos no presidium recorrendo à métodos anti-democráticos,
anti-constitucionais e anti-regimentais da ANP para impôr pela via da força e
vontade maquiavélica do partido no poder, um Presidium de Mesa adulterado, em
flagrante contradição com o regimento desse órgão ;
- Aquando da sua última
missão, a CEDEAO, não se dignou a fazer nenhum pronunciamento sobre a
escandalosa apreensão da droga recentemente verificada no país.
Um caso de extrema gravidade onde, o Governo como detentor do poder politico e governativo devia ser fortemente interpelado pela CEDEAO, sobre as causas e origens deste acontecimento criminoso de grande amplitude. Um caso, em que a CEDEAO, devia exigir ao Governo, provar de forma clara e inequívoca o seu não envolvimento nesse acto criminoso, onde por força de uma coincidência altamente comprometedora, o principal protagonista desse tráfico de cocaína, é um conhecido “capo” da droga colombiana, surpreendentemente nomeado poucos dias antes pelo PM, ao cargo de Conselheiro especial com direito e regalias de um passaporte diplomático (com que fim ??? pergunat-se ??).
Um caso de extrema gravidade onde, o Governo como detentor do poder politico e governativo devia ser fortemente interpelado pela CEDEAO, sobre as causas e origens deste acontecimento criminoso de grande amplitude. Um caso, em que a CEDEAO, devia exigir ao Governo, provar de forma clara e inequívoca o seu não envolvimento nesse acto criminoso, onde por força de uma coincidência altamente comprometedora, o principal protagonista desse tráfico de cocaína, é um conhecido “capo” da droga colombiana, surpreendentemente nomeado poucos dias antes pelo PM, ao cargo de Conselheiro especial com direito e regalias de um passaporte diplomático (com que fim ??? pergunat-se ??).
Porque razão a CEDEAO fez ouvido
de mercador e olho miúpe a este flagrante acto criminoso de financiamento da
campanha eleitoral, pressumivelmente engendrado em conluio pelo Governo e o seu
candidato presidencial, através do negócio da droga ?
- A CEDEAO persiste até a presente data, em
favorecer e fazer valer o seu roteiro de paz e os “Acordos” firmados no
processo da mediação em detrimento da nossa Constituição e demais Leis, quando
na realidade, esses instrumentos adotados num contexto temporal próprio
e especifico para a resolução do conflito politico-institucional guineense, tornaram-se
automáticamente
e de facto caducos e inaplicáveis, desde o momento que foram
realizadas as eleições democráticas, passando por essa via a prevalecer
de futuro o principio das regras do jogo democrático ditadas pelas instâncias
nacionais.
Porque razão, mesmo depois da
realização das eleições legislativas, a CEDEAO persiste na sua intervenção
grosseira e descarada nos assuntos da Governação do país, não se coibindo ao
desplante de dar “ordens” de se respeitar a manutenção obrigatória
de um Governo desacreditado, desorganizado e elitista, que dia à dia se afirma como o
Governo mais corrupto da nossa história democrática, um “Governo” às ordens e
orientações telecomandadas, que funciona segundo os interesses e estrategias de um partido politico e do seu lider
delapidador voraz do erário público.
Por estas considerações, creio
ter-se chegado a hora dos verdadeiros patriótas, dizerem BASTA AOS DESMANDOS
E INTERFERÊNCIAS
DA CEDEAO NA GUINÉ-BISSAU
E, esse basta, passa por confrontá-los
e afrontá-los
frontalmente..., com o orgulho da nossa soberania, com a força da nossa
dignidade com que em tempos, não aceitamos a subjugação colonial, e tão pouco,
aceitaremos pretensões de subalternização da nossa soberania aos interesses e
jogos estratégicos subregionais de cariz neo-colonial e de interferência na
escolha dos nossos destinos.
Minas Gerais, 12 de Agosto de
2018
Veríssimo M. Costa
Estudante
OPINIÃO : A PROPÓSITO DO DIA DA CULTURA
OPINIÃO : A PROPÓSITO DO DIA DA CULTURA
Ouvi na comunicação social de
que, o Governo tinha decidido dedicar o dia 12 de Setembro como “Dia Nacional
da Cultura”.
A escolha da data, foi infeliz,
despropositada, inoportuna e desprovida de sentido.
Em primeiro lugar, porque a
escolha de datas nacionais, deve ser alvo de um amplo debate nacional e
sectorial para reunir consensos e alinhamento com a sociedade, ainda mais,
tratando-se de uma área tão abrangente e transversal como a cultura. E, em
segundo lugar, a escolha deve obedecer a critérios assertivos que não ponham em
causa outras datas históricas de grande simbolismo e recolhimento nacional.
A escolha da data de 12 de
Setembro, não respeitou, nem um, nem outro critério. Foi mal pensado e mal
escolhido em todos os sentidos e ela, foi decidida à sorateira e de forma
unilateral e caprichosa.
Ao escolher a data de 12 de
Setembro como “dia da cultura”, o Governo desmereceu em consideração a data
natalícia
do Fundador da Nacionalidade Amilcar Cabral, cuja data não devia ser “partilhada”
nem confundida com nenhuma outra, mesmo sob pretexto de se querer instituir uma
“cultura” de debates e conhecimentos sobre a figura e obra do Pai da Nação, porquanto,
estes debates e dissertações deviam ser feitos num contexto de exclusividade
que a sua imensa figura merece, e deve ser tratado.
A escolha da data, desmerece igualmente,
em respeito e consideração, outras importantes personalidades da cultura
guineense, cujas datas natalícias, podiam perfeitamente ser
escolhidas para se instituir como o “dia da cultura” e, sem necessidade de
beliscar uma data histórica e simbólica que, devia ser exclusivamente
dedicada ao fundador da nacionalidade. Refiro-me às figuras portadoras de
grande simbolismo cultural, tais como, José Carlos SCHWARZ, Dr Vasco Cabral, Aerolino Cruz, entre outras
que, não me ocorrem à memória neste momento.
O erro já foi cometido e, julgo eu,
provavelmente por inexperiência e capricho dos seus promotores ou por incúria
na sua abordagem e enquadramento.
Posto estes pontos de vista, é
preciso partilhar e refletir conjuntamente as grandes decisões nacionais, para
que iguais precipitações dispensáveis, não voltem a acontecer.
Por fim, é bom que se entenda que, Amilcar
Cabral é Amilcar Cabral e a amplitude da sua figura merece outras abordagens
que não se confundam com folclores e artes e culturas de panaceia.
Bem hajam
Bissau, 18 de Setembro
Carlos Benvindo Silva
Portugal vai apoiar ensino politécnico na Guiné-Bissau
Portugal vai apoiar ensino politécnico na Guiné-Bissau
Uma parceria estratégica que tem na mira três projetos de referência na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal.
A Guiné-Bissau quer criar uma rede de ensino politécnico com vários polos no interior, associados a
setores estratégicos. Como fonte de inspiração tem os politécnicos portugueses e a “forte relação” que
estes mantêm com as “respetivas comunidades”.
Foi dado um primeiro passo nesse sentido no âmbito do programa de cooperação entre Portugal e a
Guiné-Bissau, que além de trazer ao Instituto Politécnico de Setúbal o ministro da Educação Nacional e Ensino Superior daquele país, incidiu em três projetos emblemáticos atualmente em curso na Escola
Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS). Trata-se do programa de formação BrightStart,
lançado em parceria com a consultora Deloitte, e da Oficina Lu Ban Portuguesa, que resulta de uma
parceria com o governo municipal da região chinesa de Tianjin e o Innovation Lab.
Além da língua comum e dos laços históricos e culturais, Portugal surge neste projeto como parceiro
estratégico da Guiné-Bissau pelo seu “sistema de ensino hoje altamente reconhecido em todo o lado”,
justificou Daurtarin Costa. O ministro destacou ainda a urgência de “aumentar os níveis de formação dos guineenses e de, em simultâneo, ganhar sustentabilidade para o nosso processo de desenvolvimento”.
Irregularidades nos cadernos eleitorais dividem governo e oposição
Guiné-Bissau: Irregularidades nos cadernos eleitorais dividem governo e oposição
O governo guineense e a oposição não se entendem sobre os mais de 25 mil eleitores que não votaram nas legislativas de Março devido à irregularidades na inscrição.
Enquanto o Governo defende a correcção dos cadernos eleitorais, a oposição tem criticado os trabalhos que estão a ser levados a cabo pelo Governo, com objetivo de incluir mais de 25 mil eleitores.
Uma irregularidade que o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral pretende corrigir, sob olhar suspeito de alguns partidos políticos, nomeadamente PRS, MADEM-G15 e APU-PGDB.
NOTÍCIAS : Guiné-Bissau: ONU receia dificuldades após as eleições presidenciais
O Conselho de Segurança da ONU elogiou o Governo inclusivo da Guiné-Bissau e considera que se pode abrir um ciclo político depois das eleições de novembro. Contudo receia alguns problemas depois do pleito.
As próximas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, que vão realizar-se em novembro, podem iniciar um novo ciclo político segundo o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para a organização internacional depois de vários anos de instabilidade esta pode ser a oportunidade para garantir um futuro com maior segurança e inclusão.
Na reunião desta última terça-feira (10.09.), membros do Conselho de Segurança destacaram que a
Guiné-Bissau tem o primeiro Governo "inclusivo" e "equilibrado" da África Ocidental, devido às oito
ministras e três secretárias de Estado que compõem 35% dos membros do Executivo.
A secretária-geral assistente para África do Departamento de Operações de Paz, Bintou Keita, considerou que a comunidade internacional deve dar apoio financeiro e "contribuição instrumental" para a realização das eleições presidenciais de 24 de novembro e, se necessário, para a segunda volta, a 29 de dezembro, para pôr fim ao "ciclo político de instabilidade" que dura desde 2015.
Bintou Keita, sublinhou que o processo eleitoral tem desafios como o registo de eleitores. Nas
últimas eleições legislativas de março cerca de 25 mil eleitores não tiveram oportunidade votar.
Bintou ainda referiu que é necessário respeitar a data do ato eleitoral e que se deve tornar este processo o mais transparente possível para dissipar a "desconfiança generalizada" em relação à política guineense.
Fernando Delfim da Silva, representante permanente da Guiné-Bissau junto da ONU, referiu que o
Governo está focado em realizar eleições credíveis e transparentes. Segundo o diplomata, as eleições
presidenciais serão uma oportunidade para o povo guineense "renovar a legitimidade" das instituições do país.
Problema da droga
Delfim da Silva lembrou ainda que o cenário político atual está afetado pela maior apreensão de droga da história do país. No dia 2 de Setembro foram apreendidas 1,8 toneladas de cocaína. A Guiné-Bissau continua ser "atrativo" para os traficantes, devido à fragilidade das instituições e "vulnerabilidade geográfica", afirmou Fernando Delfim da Silva, considerando que os vizinhos africanos lidam com os mesmos problemas.
Fernando Delfim da Silva pediu ao Conselho de Segurança que se encontrem formas de aumentar a
capacidade das instituições nacionais, que operam em condições "extremamente precárias" e manifestou a necessidade de reforço da cooperação com as Nações Unidas no combate ao tráfico de droga.
O Conselho de Segurança advertiu que a dificuldade será gerir o período pós-eleitoral, quando serão
necessárias reformas constitucionais, e apelou para que as "tendências" dos atores políticos de pôr em
causa o resultado das eleições sejam dissipadas.
Os Estados-membros com assento no Conselho de Segurança manifestaram preocupação com a
criminalidade relacionada com a droga, assim como pela possibilidade de estas atividades criminosas
serem utilizadas para financiamento de atividades terroristas.
A ONU salientou a determinação da polícia guineense e das forças de segurança em neutralizar o
problema das drogas, e disse que o controlo da segurança e estabilidade deve ser assegurado também pelo Grupo P5: ONU, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Africana, União Europeia e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O Conselho de Segurança da ONU elogiou o Governo inclusivo da Guiné-Bissau e considera que se pode abrir um ciclo político depois das eleições de novembro. Contudo receia alguns problemas depois do pleito.
As próximas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, que vão realizar-se em novembro, podem iniciar um novo ciclo político segundo o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para a organização internacional depois de vários anos de instabilidade esta pode ser a oportunidade para garantir um futuro com maior segurança e inclusão.
Na reunião desta última terça-feira (10.09.), membros do Conselho de Segurança destacaram que a
Guiné-Bissau tem o primeiro Governo "inclusivo" e "equilibrado" da África Ocidental, devido às oito
ministras e três secretárias de Estado que compõem 35% dos membros do Executivo.
A secretária-geral assistente para África do Departamento de Operações de Paz, Bintou Keita, considerou que a comunidade internacional deve dar apoio financeiro e "contribuição instrumental" para a realização das eleições presidenciais de 24 de novembro e, se necessário, para a segunda volta, a 29 de dezembro, para pôr fim ao "ciclo político de instabilidade" que dura desde 2015.
Bintou Keita, sublinhou que o processo eleitoral tem desafios como o registo de eleitores. Nas
últimas eleições legislativas de março cerca de 25 mil eleitores não tiveram oportunidade votar.
Bintou ainda referiu que é necessário respeitar a data do ato eleitoral e que se deve tornar este processo o mais transparente possível para dissipar a "desconfiança generalizada" em relação à política guineense.
Fernando Delfim da Silva, representante permanente da Guiné-Bissau junto da ONU, referiu que o
Governo está focado em realizar eleições credíveis e transparentes. Segundo o diplomata, as eleições
presidenciais serão uma oportunidade para o povo guineense "renovar a legitimidade" das instituições do país.
Problema da droga
Delfim da Silva lembrou ainda que o cenário político atual está afetado pela maior apreensão de droga da história do país. No dia 2 de Setembro foram apreendidas 1,8 toneladas de cocaína. A Guiné-Bissau continua ser "atrativo" para os traficantes, devido à fragilidade das instituições e "vulnerabilidade geográfica", afirmou Fernando Delfim da Silva, considerando que os vizinhos africanos lidam com os mesmos problemas.
Fernando Delfim da Silva pediu ao Conselho de Segurança que se encontrem formas de aumentar a
capacidade das instituições nacionais, que operam em condições "extremamente precárias" e manifestou a necessidade de reforço da cooperação com as Nações Unidas no combate ao tráfico de droga.
O Conselho de Segurança advertiu que a dificuldade será gerir o período pós-eleitoral, quando serão
necessárias reformas constitucionais, e apelou para que as "tendências" dos atores políticos de pôr em
causa o resultado das eleições sejam dissipadas.
Os Estados-membros com assento no Conselho de Segurança manifestaram preocupação com a
criminalidade relacionada com a droga, assim como pela possibilidade de estas atividades criminosas
serem utilizadas para financiamento de atividades terroristas.
A ONU salientou a determinação da polícia guineense e das forças de segurança em neutralizar o
problema das drogas, e disse que o controlo da segurança e estabilidade deve ser assegurado também pelo Grupo P5: ONU, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Africana, União Europeia e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
domingo, 8 de setembro de 2019
CARTA ABERTA AO DSP
Devido ao forte impacto deste acutilante artigo da autoria de Palmiras Fortes, tomamos a iniciativa de copiar e publicar este artigo muito interessante postado nas paginas do facebock, sob o identificativo de "Netos de Abel Djassi".
Com a devida permissão.
Por
Palmiras Fortes
Exm.
Senhor Presidente do PAIGC, ( já com um pé fora) e Conselheiro especialíssimo
do PM, para não dizer Exm. Senhor QUASE PRIMEIRO MINISTRO.
Onde
vai alimentar a sua convicção de que nós guineenses somos menos inteligentes ou
temos menos acesso á informação do que o senhor?? Não é possível acreditar que
pode-nos passar um atestado de burrice todo o santo dia, arranje outro
brinquedo por favor!!
Vamos
aos factos; estes dias algures o senhor afirmou ironicamente que “ PAIGC é um
partido especial, porque traz a droga e prende a droga”.
O
único especial na sua frase é o senhor, Domingos Simões Pereira, porque a areia
que atira para o ar, só cai nos seus olhos.
1-
Diler nenhum é louco o suficiente para enviar 2 toneladas de droga para um
país, sem garantias do mesmo. Ninguém tem este nível de suicídio, nem mesmo o
senhor Engº. Quem intercetou a droga foi a DEA (Drug Enforcement
Administration) NÃO FOI O GOVERNO COMO NOS QUER VENDER!!!!!!
2-
O que é a DEA? A Drug Enforcement Administration (DEA; em tradução livre Órgão
para o Controle/Combate das Drogas) é um órgão de polícia federal do
Departamento de Justiça dos Estados Unidos encarregado da repressão e controle
de narcóticos. O órgão foi criado em 1973.[1] Seu mandato inclui a repressão
doméstica ao narcotráfico e crimes relacionados às drogas em geral, dividindo
responsabilidades com o FBI, além de ser o único órgão dos Estados Unidos
encarregado de investigações do narcotráfico no exterior.
3-
A PJ da Guiné Bissau esta de parabéns sim, porque cumpriu com as instruções da
DEA. A PJ é obrigada a executar estas instruções e, o estado não tem como
interferir. OU SEJA PAIGC NÃO APREENDEU NADA!
4-
O Relatório que nunca aparece com o nome dos envolvidos, esse sim o Governo já
consegue manobrar e, não deixar vir a público.
5-
É declaradamente sabido que a GB está na mira da DEA faz tempo, fomos
apelidados de todos os nomes pelos estrangeiros, mas a falta de inteligência
que o senhor Domingos insiste em colar na testa deste povo é mais intolerante
ainda.
6-
Faça a sua campanha, a sua curta trajetória politica à-vontade, mas não nos
insulte, porque hoje em dia o conhecimento está a distância de um “clique”. Não
precisamos de ser nem Doutorados nem doutorandos para vermos com clareza os
fatos.
7-
Senhor Domingos, não subestime o seu povo, acreditando que conquistará o seu
objetivo sem que nada o intercete, todos os que tentaram não tiveram sucesso. O
senhor é um “menino “ na politica, sabe nada inocente... A sua imagem foi
criada sob uma base de solidas e compulsivas mentiras. Este castelo de areia já
desmoronou, só o senhor n deu conta. Como já havia dito, não retiro a sua
competência teóricas mas politico não é ! Hoje estou certa de que está convicto
que os guineenses de forma geral são incultos. Tem razão para pensar assim,
pois o partido que herdou e, que fez o favor de perder 20 deputados, nunca
investiu na educação do seu povo, temos uma taxa elevadíssima de iliteracia.
Mas não se esqueça do fato dos guineenses viverem intensamente a politica, só o
senhor não compreendeu ainda que está num caminho suicida mas os iletrados e
incivilizados somos nos!
8-
Falando de a iliteracia para n utilizar a expressão de analfabetos, gostaria de
dizer-lhe , que nós os votantes que tanto menospreza, entendemos muito bem o
porque do Sr. Dautorin não dar este ano lectivo como nulo. Entre o anular o ano
ou não, preferiu estendê-lo. Tudo por uma única razão. Se o ano letivo for dado
como nulo, o senhor perder os apoios / financiamentos prometidos pela Holanda
e, outros países da Europa. Não foi à toa que o senhor foi correr na pista da
Holanda não !!! O que interessa é que entre dinheiro direto para o seu bolso,
se a terra avança, se a escolaridade se renova, isso n interessa para nada, até
porque parente seu, nem de longe anda nas escolas nacionais. O senhor cria os
problemas e, aponta o dedo aos mesmo como se fosse um salvador, mas na
realidade é o vilão da história.
9-
A manutenção das oportunidades só para os mesmos, os tachos a quem insulta, a
falsa elite (lambe botas) que cria á sua volta dando lhes migalhas e engordando
o seu gado em casa, isso não nos consegue esconder.
10-
Quando dá todo o luxo à sua filha, um grande carro de luxo, oportunidades que a
mesma nem consegue agarrar mas continua a curtir “um vidão” que não faz questão
de esconder. Este luxo é sustentado com a desgraça dos “ coitadis “ que só tem
possibilidade de ir ás escolas nacionais, onde nem o porteiro tem alguma
motivação que dirá os professores de ensinar com fome na barriga.
11-
Porque votaria eu no senhor? Para engordar o seu gado em casa e os meus não
terem acesso á educação? Para os que sofreram para estudar não terem
oportunidade de emprego quando afinal é preciso apenas insultar os seus
adversários para ser colocado na PetroGuin, no Minstério da Justiça e, afins??
12-
Senhor Engenheiro, se nem o senhor tem outra fonte de rendimento a não ser o
estado, daí querer ferozmente o poder e , exigir o cargo de QUASE PRIMEIRO
MINISTRO, imagine 1.200 milhões de habitantes a quem o senhor retira todas as
oportunidades possíveis? Jamais votaria em si.
13-
DSP o senhor não será presidente nem dirigente de um povo que despreza e
menospreza todos os dias.
Volto
a lembrar, foi DEA que seguiu a droga e deu ordem para aprender e não o Governo
!!!
Jornal ou Blog de Angola?
Com a devida vênia, reproduz-se à copia de um artigo extraido do : "Jornal de Angola"
CUMPLICIDADES & INGERËNCIAS
Jornal ou Blog de Angola?
O Jornal de Angola publicou um especial, no qual um bloguista brasileiro radicado na Suécia, Wellington Calasans, realça o papel de destaque de Angola na cena política guineense. Como o Jornal de Angola nem sequer apresenta o analista e este é desconhecido dos guineenses (só se lhe conhece um artigo de pura propaganda pró-DSP), ainda antes de abordarmos a parcialidade do conteúdo, justifica-se que o queiramos conhecer melhor, para aferirmos da legitimidade das suas alegações e tentar perceber qual o alcance, a intencionalidade e a actualidade do presente especial no jornal oficial. São feitas insinuações, prognósticos e mesmo ameaças veladas dificilmente imputáveis a uma política diplomática responsável, no campo internacional: como lidarão as autoridades angolanas com o futuro presidente, se o povo guineense, que é quem deve decidir, optar por outra solução para além daquela que tão empenhadamente preconizam? Pretendemos, com este texto, denunciar o autor, o mandante, o editor, e, em última instância, os responsáveis políticos, pelo absoluto desrespeito demonstrado pela soberania do povo guineense.
Atendendo ao destaque dado ao autor, profundidade e actualidade diplomática do assunto, suposta responsabilidade e credibilidade que empresta a publicação num jornal oficial como o Jornal de Angola, seria de esperar tratar-se, no mínimo, de alguém com um curso de jornalista. No entanto, trata-se de um simples bloguista brasileiro, caído em desgraça no seu país. Em tempos defensor acérrimo de Lula, teve o seu momento de glória, mas o poder mediático que rapidamente adquiriu o blogue/conceito de directos de opinião (Duplo Expresso, que desenvolveu em parceria com um outro bloguista, Romulus Maya) rapidamente hipertrofiou a sua inata megalomania. O seu patrono, que o lançou e apoiou inicialmente no conhecido blog brasileiro Cafezinho, Miguel do Rosário, sentiu-se obrigado a publicar um documento públicoesclarecendo o seu “nível inacreditável de mau carácter e insanidade”, acusando Wellington Calasans de “irresponsável, truculento e desonesto”.
Quanto ao seu parceiro no Duplo Expresso, a pesquisa revela-se mais surpreendente ainda, expondo as suas conexões a Angola: um jornalista brasileiro, Luís Nassif, apresenta-o em “o estranho caso do advogado internacional que virou blogueiro”, revelando que este fez parte da equipa que preparou a entrada da Trafigura em Angola (monopólio de combustíveis), ou seja, como implicado nas actuais redes de corrupção do “novo” regime angolano pós-Eduardo dos Santos, acrescentando que as investigações Lava Jato pouparam misteriosamente as ramificações angolanas do escândalo da PetroBras à Trafigura. Romulus de seu nome, é descrito por Miguel do Rosário como “uma pessoa completamente desequilibrada, que não tem a mais leve noção de ética (…) uma pessoa com graves problemas mentais. Suas observações sobre ‘uai, precisa de fonte?’ são estarrecedoramente antiprofissionais, mesmo para um não-jornalista.” É ainda descrito como “vaidoso”; “mentiroso”; “chantagista”; “sórdido”; “vingativo”; “perigoso”, entre outros mimos pouco abonatórios para a sua personalidade.
Ambos os personagens estiveram envolvidos em quezílias sobre financiamento de blogues, sendo apontados como oportunistas e demagogos. Alguns acusam expressamente esta dupla de traição, e mesmo de responsabilidade pela derrota de Lula, pelas sementes de discórdia e dissensão que espalharam entre as suas fileiras, actuando como quinta coluna do adversário.
Ora se, no artigo prévio do autor em relação à Guiné-Bissau, já citado, se podiam ainda tratar de simples especulações de um bloguista, à pesca de patrocinador, já com a publicação num jornal oficial o caso muda de figura. Presume-se que, num assunto tão melindroso, não haveria publicação sem aval superior, ou pelo menos conhecimento a algum nível da máquina diplomática, nomeadamente o embaixador... A megalomania, bem identificada no autor, parece ter sido naturalmente bem acolhida em Luanda. Ora é precisamente isso que é preocupante: o novo regime angolano parece dar crédito a pessoas pouco recomendáveis, em assuntos muito sensíveis.
O bloguista agradece, na sua página pessoal do FaceBook, a colaboração de várias pessoas na visão que oferece neste “especial”, entre elas, Geraldo Martins, Ministro do actual Governo. O ponto de vista inteiramente parcial, a ausência de contraditório, o absoluto anonimato das fontes (associado ao do autor), desclassificam obviamente a peça do ponto de vista da deontologia jornalística, situando-a claramente no campo da propaganda. Parece indubitável que o pretenso jornalista fala em nome das autoridades angolanas, ao serviço exclusivo de um candidato às próximas presidenciais na Guiné-Bissau.
O especial começa por relembrar as pretensões de Angola, de há uns tempos para cá, sempre em conluio com DSP, de pressionar a CEDEAO a aceitar uma MISSANG II, com base numa imposição da União Africana, presidida/controlada precisamente por Angola. A ideia parece ser bajular o leitor angolano, o qual não tem qualquer ideia (nem teve, na altura da MISSANG I, assunto que foi completamente abafado) dos renovados projectos expansionistas de Angola a norte do Equador.
Já que um brasileiro, radicado na Suécia, num jornal angolano, nos trata a nós, guineenses, como povo irmão, façamos um exercício de fraterna reciprocidade: imaginemos por um instante que o governo guineense tinha tomado partido por Samakuva, três meses antes das últimas eleições presidenciais; teriam as autoridades angolanas reagido com a mesma passividade que as guineenses?
Este especial tem dois visados, Jomav e Cadogo, concebidos como os potenciais adversários de DSP numa eventual segunda volta (que o autor deste especial julga miraculosamente dispensável, se Angola se apressar a cobrar de volta os badalados doze milhões de dólares). O PAIGC de DSP pretende apresentar-se (seria mais apropriado impor-se) como virtual e inelutável vencedor das presidenciais de 24 de Novembro. Para criar essa convicção chega ao cúmulo de denunciar futuros golpes contra a sua presumida vitória.
A maquiavélica e demasiado óbvia intenção de colocar os dois ex-governantes, Jomav e Cadogo, em choque, para que se desgastem mutuamente, beneficiando DSP, que ficaria a assistir da bancada, omite contudo alguns aspectos importantes, dando provas de total demagogia. Confunde os leitores angolanos sub-informados, a quem parece que os vazamentos apanharam os dois a falar um com o outro. Ora, a questão é tudo menos nova, como o bloguista a apresenta. Pois, não foram os dois que se acusaram mutuamente, como sugerido, foi o PAIGC que lançou a questão muito convenientemente na ordem do dia e na agenda dos jornalistas. Por um lado, a acusação já foi invocada contra Jomav, tendo sido o PAIGC de DSP quem lhe limpou a ficha e o colocou no lugar que ocupa; por outro, o jornal oficial angolano mostra ter memória curta, pois está a trair o antigo aliado, o que fica sempre feio, feito de forma tão descarada.
Aliás, nesta história de traições, a verdadeira dupla parece ser Jomav e DSP, que deram provas de mal agradecidos em relação a Cadogo, que os alçou ao seu estatuto cimeiro. O autor do artigo torna-se patético quando sugere que o dinheiro “constitui um prejuízo financeiro aos cofres públicos angolanos” e fala na sua “cobrança”, dando como exemplo a luta contra a corrupção em Angola. Bom. Brincadeira tem hora…
Na sua propaganda, o bloguista entra no campo da ficção quando cita Cadogo: trata-se sem dúvida de uma pretensa citação pois encontra-se entre aspas, constituindo portanto grave calúnia e sendo passível de procedimento criminal. É óbvio, para quem conhece a personalidade de Carlos Gomes Júnior, que nunca se exprimiria dessa forma, primeiro porque não admitiria “cair”, depois, por lhe ser indiferente, de todo o modo, o destino de Jomav. O ex-bloguista está a usar dos mesmos sórdidos métodos de mentira, que levaram à sua unânime condenação na blogoesfera brasileira. As suas divagações seriam inócuas sem o carimbo oficial de Angola, tornando-se assim numa ingerência nos assuntos internos da Guiné-Bissau.
Todavia, não serão um punhado de bajuladores, de serviço em Luanda, que virão dar lições de moral e de democracia aos guineenses. O povo angolano sofre, como o guineense, da péssima qualidade das suas elites políticas: o nível de descrédito a que chegaram é proporcional ao destaque dado a este outsider oportunista e sem escrúpulos.
PS : A petulância com que o Embaixador de Angola se imiscui nos assuntos do pais não estranharia ser uma posição oficial de Angola por via desse corrupto bloger, assim também, a manifesta simpatia e gestos de apadrinhamento para com as acções eposicionamentos do actual lider do PAIGC, deixam reservas sobre a posição oficial das autoridades de Angola para com o conteudo desse artigo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)