RODA O PAU... E ESCOLHE-SE O ARISTIDES GOMES
Muitos dos meus concidadãos devem
estar a interrogar-se, porque razão a nossa organização sub-regional, a CEDEAO,
tem uma quase fixação na figura de Aristides Gomes (AG) para, sucessiva e erráticamente
apostarem nele, como Chefe do Governo na Guiné-Bissau, sempre com pretenso “objectivo”
ou “argumento” de ser, a figura política, supostamente mais habilitada,
para resolver os problemas da Guiné-Bissau..., quando na realidade, o homem tem
demostrado que objetivamente, é um inapto, um autêntico desastre como Chefe do
Governo e um gestor público e das causas sociais.
A primeira vez que AG, foi
impingido aos guineenses como PM, aconteceu no regime de Nino Vieira, quando, após
o seu regresso do exilio ter vencido as eleições presidenciais e demitido o
governo constitucional de Carlos Gomes Júnior, então lider do PAIGC, com quem
ambos se incompatibilizaram ferozmente.
Desse tumultuoso consulado,
poucas boas recordações se podem guardar, senão a corrupção generalizada,
negociatas, desvio descarado do erário público, tráfico
e descaminho da droga (o caso dodesaparecimento de 600Kg de cocaína
nos cofres do MEF), negócios obscuros ( licença da operadora de telecomunicações, Orange
Bissau) e empréstimos e endividamento desastrosos na banca comercial.
Sucedeu-se-lhe uma longa
travessia de deserto, para reaparecer 13 anos depois e, aparentemente, sob o
sêlo e caução da CEDEAO para dirigir um governo de “consenso” com o objetivo de
realizar as eleições legislativas de março passado. De novo... foi o que se
viu, um total descalabro, repitindo-se os mesmos erros, os mesmos vicios e os
mesmos males outrora práticados... com denominadores comuns e inquietantes :
corrupção, prepotência, falta de dialogo com os parceiros, desvios do erário
público
e droga..., sim essa maldita droga, que gera dinheiro sujo e comprometimento do
país.
Decorrido as eleições
legislativas, por arte da desgraça alheia e da irrascível incompatibilidade entre o
Presidente Jomav e o lider do PAIGC, o dito cujo, volta a aparecer como o nome
do “consenso” escolhido pela CEDEAO, para chefiar o governo saido das eleições,
com a particularidade de lhe conceder um privilégio surreal de ser, inamovível
e intocável
contra até a realização das eleições presidenciais de novembro próximo.
Pergunta-se...mas porquê, tanta
insistência da CEDEAO na pessoa e figura de Aristides Gomes apesar de todos os
senãos e suspeições que, sobre ele impendem ???
Razão muito simples : o AG é o
homem de confiança que representa plenamente os interesses da França no nosso
país
e, o exercício
dessa confiança passa por impingí-lo ao nosso país por intermédio da CEDEAO,
subservente aos interesses franceses em toda a sub-região.
Diz quem o conhece desde os tempos de
estudante em França, AG ja pertencia à fileira dos agentes recrutado pelos
serviços de segurança franceses, inicialmente como informador e posteriormente,
como agente de interesse e influência político, sendo um dos seus agentes mais fieís
e emblemáticos no nosso país.
Nessa condição, AG é a pessoa que mais
encarna e garante os interesses que a França tem no nosso país, não se coibindo de interferir pronta e enérgicamente
à favor dos interesses franceses e dos seus cidadãos, em todos e quaisquer negócios
ou diferendos em que os interesses dos mesmos pudessem estar em causa. Um caso
recente e flagrante desse exercício de missão de agente, é a sua recente
intervenção a favor do milionário e lobista françês, Louis Dreyffus no
diferendo que este tem com algumas instituições financeiras país, apesar da
manifesta acção de burla contra os bancos da nossa praça e dos fortes indicios
de evasão fiscal praticado contra o Estado guineense por esse riquissímo homem
de negócios françês ao longo de anos à fio e com perdas colossais para o Estado.
Outros fatos poderão ser aqui
elencados como acções de um agente em exercício dos interesses franceses, porém
o foco deste artigo, é explicar acima de tudo : o porquê e a razão pela qual AG
é figura central atual da nossa polítiva.
H. M. Pereira
Evry, 16 de outubro do ano2019
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