SOBERANIA OU SOBRANCERIA
O Presidente da República (PR) cessante, José Mário Vaz (JMV), não marcou presença nesta última
Cimeira das Nações Unidas, a qual seria a derradeira, do seu conturbado mandato. As razões invocadas pelo governo, é de que, não tinha verbas disponiveis para o efeito. Dito de outra forma, "não há pão para os mendigos", pois para este Governo de Aristides Gomes de encarnação Dominguista..., o PR não representa "nada" para o nosso pais e, acima de tudo, é um alvo a velipendiar à todo o custo.
Contudo, paradoxalmente, o Governo teve verbas e meios, para fazer deslocar uma numerosa delegação governamental, constituida pela Ministra dos Negócios Estrangeiros, Susy Carla Barbosa, que chefia a Delegação, a Ministra da Saúde Nely Robalo, a Ministra do Ambiente, o Ministro da Educação, respectivos DG e staff's técnicos. Enfim, uma numerosa delegação, na qual a Chefe da Delegação, se farta de se exibir no blog oficial do regime manipulador de DSP, onde supostamente tem o exclusivo das aparições e onde, passa-se a expressão, ela é fortemente vangloriada e sufragada, como a nova ícone do "empoderamento feminino nacional"...Favores e elgios desmesurados... à troco de quê ?
Para o PR cessante, o Governo não teve verbas, mas para a sua comitiva oficial, o Governo teve verbas, incluindo per diems faústas e mordómicas, para se organizar passeatas e show-off's à medida e ao gosto da MNE, muito dada à promoção gratuita no blog e pasquim preferido do regime.
Compreende-se perfeitamente que, essa manobra foi meticulosamente urdida e préviamente planeada pelo "Governo de Aristides Gomes em mode control de DSP" e, tem, como único objetivo exercer uma acção de pura retaliação, vingança e humilhação, conseguindo encerrar da pior forma o fim do ciclo do mandato de JMV.
Foi seguramente, uma vingança com sêlo e instruções de DSP, pois foi uma desfeita servida à frio e com laivos de maldade e executada de forma desprezivel, ao proíbir-se leviana e caprichosamente, um Chefe de Estado, embora desgastado e com fim de mandato dificil, de ter acesso, ao palco cimeiro das Nações civilizadas, e assim ter a possibilidade de encerrar o seu ciclo de magistratura presidencial de forma airosa e menos penosa.
Porém, desnecessariamente, ao JMV, o Governo em funções decidiu dispensar-lhe, um tratamento;, desrespeitoso e banal, com mera intenção de vingança e humilhação. .
DSP mais uma vez, foi cínico, frio e vingativo e exercendo à distância os poderes que detém no Governo,... mandou deixar JMV em terra, por alegados motivos de falta de disponibilidade financeira do Governo, enquanto as "divas" do seu regime de remoto-control se pavoneavam em selfies e post para a prosteridade nos corredores e recantos das Nações Unidas.
Queiramos ou não, temos de reconhecer que, o acto de humilhação preparado contra o PR, foi servida com requintes de malvadez e desprezo absoluto pela sua pessoa e figura, deixando todas as pessoas que se reconhecem nu Estado de bem, perplexos com tamanha deslealdade e falta de consideração, para uma figura tão representativa do pais.
Quís o Governo humilhar JMV e, conseguiram-no, porque na lógica deste governo e da CEDEAO, o PR JMV, já não representa nada para este país e por isso, não perderam a ocasião para lhe brindar com um "au revoir" de tamanha humilhação.
Contudo, é bom que, os Mestres do jogo sujo que fazem imperar as suas regras adulteradas da democracia no pais, entendam que, a humilhação que fizeram ao JMV é extensivo ao Povo guineense, porque a baixesa dos argumentos utilizados para impedir o PR de estar presente na Cimeira das NU, ofende todos os guineenses, porquanto de forma despurada e ostensivamente, em sentido contrário abriram esse almejado palco, descaradamente a uma comitiva governamental, igualmente de ilegais que, mais não sabem fazer, que promover as suas imagens, sem ter em conta e consideração que, o país em si, é negativamente julgado pelo nível de actuação de baixo nivel dos seus dirigentes.
Na realidade, como se pode justificar essa sujeira de pura trapaça política de exercicio desmesurado de um ajuste de contas politico radicalmente pessoalizado, para se permitir de forma indecorosa, vexar, todo um Povo e uma Nação com comportamentos e acções de lideres políticos de baixo nível e condutas éticamente reprovaveis.
Como será que a MNE que quiça realizara o sonho de falar em nome do nosso pais, irá justificar-se perante os seus pares, o facto de ela estar presente na cimeira e o PR do seu pais não puder estar..., quando o argumento falacioso utilizado pelo seu Governo para justificar a ausência do PR, era a falta de verbas no Tesouro Publico ?
Uma verdade é certa porém, este governo não é mais legitimo do que o PR JMV, para merecer estar presente na sede das NU a representar o país, porque este governo não é legalmente legitimo perante os guineenses, pois carece igualmente de legitimidade governativa, decorridos que são quase noventa dias sem se dignar a apresentar na ANP, o seu programa de governo e o respectivo OGE, instrumentos de governação que caucionam a legitimidade de qualquer governo, perante os representantes do Povo, legitimando-os a governar.
Deixar ir o Governo e bloquear JMV, foi uma estrategia politica de baixo nivel e sem paralelo na nossa historia democratica.
PS : Falando da legitimidade e da deriva de autoridade em que esta mergulhado o pais, temos o caso marcante da falta de sentido de Estado e de responsabilidade dos actuais "Governantes", que deliberadamente tem-se escudando em expediente dilatorios e manobras de chicanas politicas vergonhosas, para justificarem a recusa persistente, desrespeitosa e descarada do actual Primeiro ministro em respeitar a lei e apresentar-se perante a ANP para submeter o seu programa de governação e respetivo OGE.
...Pelo contrario, o inamovivel PM (segundo a CEDEAO) da-se... ao luxo e ao desplante de, ser ele mesmo, a escolher a data da respetiva apresentação na ANP, dia 15 de outubro 2019, isto é, decorridos mais de 90 apos o seu empossamento dias.
Enfim, mudam-se as maiorias, mudam-se as tacticas e, entre filhos e enteados, como tem sido habito quando se trata dos filhos, da parte da Comunidade Internacional, da CEDEAO, da CPLP e dos intrometidos embaixadores dos EUA e de Angola... nem um mugido, tão pouco um tossido.
Bissau (Bairro de Caliquir), 25 de setembro 2019
Arlindo C. d a Silva
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