quinta-feira, 19 de setembro de 2019

DROGA : COINCIDÊNCIAS COMPROMETEDORAS


DROGA  : COINCIDÊNCIAS COMPROMETEDORAS

Dois ditados populares, retratam a atualidade da temática da droga e o debate que tem suscitado na politica guineense estes últimos dias : “o hábito faz o monge e “diz-me com quem andas e dir-te-ei que és”.

Na observação dos factos, quando as coincidências são tão concludentes, é muito dificil assacar outras conclusões, senão as que se ajustam aos dois ditados populares acima citados.

É dificil, senão impossível desassociar o Governo do Primeiro ministro Aristides Gomes(AG) aos assuntos e dossiês mais cadentes do tráfico da droga na Guiné-Bissau.

Na realidade, com comprometida coincidências, foram nos sucessivos Governos em que esse político participou, é que o país mostrou uma estranha empatia e relação de atração com o tráfico da droga.
Essas relações comprometedoras, altamente suspeitas, foram sucessivamente verificáveis, nas seguintes circunstâncias e ocasiões :

1)      aquando da sua Primatura no consulado de Nino Vieira, após apreensão de seiscentos (600) kg de droga, estes sumiram misteriosamente dos cofres do MEF, cujo ministro de tutela de então era outro empático com a droga, o Nado Mandinga. Essa enorme quantidade de estupaciente desapareceu dos cofres do Estado.., “voltalizando-se” por completo, sem deixar aparentemente rastros. Porém, sabe-se de boca cheia em Bissau, de que, a respetiva droga foi levado por alguém ligado ao meio do tráfico que, em conluiu com os demais supracitos dividiram os lucros desse tráfico. Desse assunto, falou-se muito, mas acabou, como se costuma dizer em crioulo, “suma mon de sal na iagu”;

2)      no seu consulado como PM indigitado da CEDEAO para realizar as eleições legislativas de março passado. Nas vésperas desse pleito foram apreendidas quase 900 kgs de droga que, aparentemente foram queimadas sob apertada vigilância da PJ, DEA-Americana e da Comunidade internacional.

 Entre acusações de parte à parte, entre o governo coadjuvado pelo PAIGC tentaram colar o assunto à oposição e à presidência da República e, estes em contra-ataque, tudo fizeram para associá-lo ao Governo e aos Libertadores. No esgrimar de argumentos, ambas as partes acusavam-se mútuamente de estarem a financiar a campanha eleitoral com o dinheiro da droga, mas sem que, alguma das partes tenha mostrado as evidências das suas alegações.  

Neste caso específico e do meu ponto de vista, é ao Governo, detentor do ius imperium que pendia o onús da prova, e que, porconseguinte tinha por dever e obrigação, fornecer as evidências de que não tinha nada a ver com o assunto da droga e, mais do que isso, trazer à justiça os verdadeiros responsáveis desse crime. Nada disso chegou porém a acontecer por parte do executivo.

Entre acusações e contra-informações nos meios de comunicação e nas redes sociais afetas às partes interessadas, o assunto acabou morrendo solteira. Porém, nenhuma das partes conseguiu esconder os evidentes rastos de enriquecimento rápido e fortes sinais exteriores de riqueza ilícita que marcaram esta última campanha eleitoral, marcada pelo luxo e extravagância, com acentuado pendor por parte do Governo e do PAIGC que lograram fazer uma campanha eleitoral de luxo e extravagâncias nunca vistas no país. Esses dois indicadores de sinais exteriores de riqueza ilícita e realização de despesas exorbitantes, são sinais fortes que mostram as evidêncas, de quem na realidade tinha as mãos sujas nesse assunto da droga.

3)      Bem recentemente, no seu presente exercicio governativo foram apreendidas quase duas toneladas de droga pela PJ em colaboração com a DEA-Americana, a maior realizada no país até então.

Mais uma vez, o nome do Primeiro ministro, Aristides Gomes veio de novo à baila e, desta vez, com contornos e coincidências extremamente comprometedoras. Aliás, a sua intervenção apressada através de uma entrevista, a tentar desmentir o seu não envolvimento em qualquer ato de tráfico da droga, foi encarado como um mau pronúncio e sinal de que,  não se sentia à vontade com o assunto. 

Na tentativa de se justificar precipitadamente, foram trazidas ao assunto novos fatos com coincidências comprometedoras com o referido tráfico de droga.

Entre os fatos, foi trazido ao público, de que o PM Aristides Gomes, dias antes do acontecimento da apreensão da droga, nomeou o cidadão colombiano de nome, Cano Zambrano Jhon Jaime, ao cargo de seu Conselheiro Especial, com direito a um passaporte diplomático, com honras, privilégios e regalias inerentes. Por coincidência e azar do PM, o referido cidadão é na realidade, um barão da droga e está seriamente envolvido no tráfico da droga ora apreendida.

Como se costuma dizer nestes casos..., ou o PM gosta muito da droga, ou é a droga, que gosta muito, e não larga o PM, Aristides Gomes em todas as suas andanças politicas.

Porém, uma coisa é certa e foi visível na campanha eleitoral passada e, tenderá a agravar-se nestas eleições presidenciais que se avizinham : há muito dinheiro sujo a ser injetado nas campanhas políticas.

Essa injeção milionária de recursos financeiros nas campanhas, só podem ter como origem, uma destas duas fontes de rendimento ilícito :
                - o tráfico da droga ;
                - o erário público.

Por inquestionável e comprometedoras coincidências, em ambos os casos, o nome do PM Aristides Gomes está fortemente envolvido.

Perante fatos, não há argumentos,
Perante as evidências, não há como negar.

Bem hajam,
Carlos P.M




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