DROGA : COINCIDÊNCIAS COMPROMETEDORAS
Dois ditados populares, retratam a
atualidade da temática da droga e o debate que tem suscitado na politica
guineense estes últimos dias : “o hábito faz o monge e “diz-me com
quem andas e dir-te-ei que és”.
Na observação dos factos, quando
as coincidências são tão concludentes, é muito dificil assacar outras
conclusões, senão as que se ajustam aos dois ditados populares acima citados.
É dificil, senão impossível
desassociar o Governo do Primeiro ministro Aristides Gomes(AG) aos assuntos e
dossiês mais cadentes do tráfico da droga na Guiné-Bissau.
Na realidade, com comprometida
coincidências, foram nos sucessivos Governos em que esse político
participou, é que o país mostrou uma estranha empatia e relação de atração com o
tráfico
da droga.
Essas relações comprometedoras,
altamente suspeitas, foram sucessivamente verificáveis, nas seguintes
circunstâncias e ocasiões :
1)
aquando da sua Primatura no consulado de
Nino Vieira, após apreensão de seiscentos (600) kg de droga, estes sumiram
misteriosamente dos cofres do MEF, cujo ministro de tutela de então era outro
empático
com a droga, o Nado Mandinga. Essa enorme quantidade de estupaciente
desapareceu dos cofres do Estado.., “voltalizando-se” por completo, sem deixar aparentemente
rastros. Porém, sabe-se de boca cheia em Bissau, de que, a respetiva droga foi
levado por alguém ligado ao meio do tráfico que, em conluiu com os demais
supracitos dividiram os lucros desse tráfico. Desse assunto, falou-se muito,
mas acabou, como se costuma dizer em crioulo, “suma mon de sal na iagu”;
2) no
seu consulado como PM indigitado da CEDEAO para realizar as eleições
legislativas de março passado. Nas vésperas desse pleito foram apreendidas
quase 900 kgs de droga que, aparentemente foram queimadas sob apertada
vigilância da PJ, DEA-Americana e da Comunidade internacional.
Entre acusações
de parte à parte, entre o governo coadjuvado pelo PAIGC tentaram colar o
assunto à oposição e à presidência da República e, estes em
contra-ataque, tudo fizeram para associá-lo ao Governo e aos Libertadores. No
esgrimar de argumentos, ambas as partes acusavam-se mútuamente de estarem a
financiar a campanha eleitoral com o dinheiro da droga, mas sem que, alguma das
partes tenha mostrado as evidências das suas alegações.
Neste caso específico
e do meu ponto de vista, é ao Governo, detentor do ius imperium que pendia o onús da prova, e que, porconseguinte
tinha por dever e obrigação, fornecer as evidências de que não tinha nada a ver
com o assunto da droga e, mais do que isso, trazer à justiça os verdadeiros
responsáveis
desse crime. Nada disso chegou porém a acontecer por parte do executivo.
Entre acusações
e contra-informações nos meios de comunicação e nas redes sociais afetas às
partes interessadas, o assunto acabou morrendo solteira. Porém, nenhuma das partes
conseguiu esconder os evidentes rastos de enriquecimento rápido
e fortes sinais exteriores de riqueza ilícita que marcaram esta última
campanha eleitoral, marcada pelo luxo e extravagância, com
acentuado pendor por parte do Governo e do PAIGC que lograram fazer uma
campanha eleitoral de luxo e extravagâncias nunca vistas no país.
Esses dois indicadores de sinais exteriores de riqueza ilícita e realização de despesas exorbitantes, são sinais fortes que mostram
as evidêncas, de quem na realidade tinha as mãos sujas nesse assunto da
droga.
3) Bem
recentemente, no seu presente exercicio governativo foram apreendidas quase
duas toneladas de droga pela PJ em colaboração com a DEA-Americana, a maior
realizada no país até então.
Mais uma vez, o
nome do Primeiro ministro, Aristides Gomes veio de novo à baila e, desta vez,
com contornos e coincidências extremamente comprometedoras. Aliás,
a sua intervenção apressada através de uma entrevista, a tentar desmentir o seu
não envolvimento em qualquer ato de tráfico da droga, foi encarado como um
mau pronúncio
e sinal de que, não se sentia à vontade
com o assunto.
Na tentativa de se justificar precipitadamente, foram trazidas
ao assunto novos fatos com coincidências comprometedoras com o referido tráfico
de droga.
Entre os fatos,
foi trazido ao público, de que o PM Aristides Gomes, dias antes do
acontecimento da apreensão da droga, nomeou o cidadão colombiano de nome, Cano
Zambrano Jhon Jaime, ao cargo de seu Conselheiro Especial, com direito a um
passaporte diplomático, com honras, privilégios e regalias inerentes. Por
coincidência e azar do PM, o referido cidadão é na realidade, um barão da droga
e está
seriamente envolvido no tráfico da droga ora apreendida.
Como se costuma dizer nestes
casos..., ou o PM gosta muito da droga, ou é a droga, que gosta muito, e não
larga o PM, Aristides Gomes em todas as suas andanças politicas.
Porém, uma coisa é certa e foi
visível
na campanha eleitoral passada e, tenderá a agravar-se nestas eleições
presidenciais que se avizinham : há muito dinheiro sujo a ser injetado
nas campanhas políticas.
Essa injeção milionária
de recursos financeiros nas campanhas, só podem ter como origem, uma destas
duas fontes de rendimento ilícito :
-
o tráfico
da droga ;
-
o erário
público.
Por inquestionável
e comprometedoras coincidências, em ambos os casos, o nome do PM Aristides
Gomes está
fortemente envolvido.
Perante fatos, não há argumentos,
Perante as evidências, não há
como negar.
Bem hajam,
Carlos P.M
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