O RESGATE…, SEGUNDO SÃO
DOMINGOS E... SÃO
GERALDO
Naqueles tempos, São Domingos
vivia uma situação dificil. Tinha sido afastado compulsivamente do poder por
São José por má conduta na gestão da coisa pública. Recaia sobre o devotado
Santo, graves acusações de desvios do erário público e peculato no exercicio
de funções públicas,
assim como de enriquecimento ilícito. São Domingos, sentiu-se
completamente abalado e frustado por ver os seus planos e intentos de se tornar
rapidamente rico e poderoso, serem abruptamente contrariados por uma decisão
com a qual não contava. Com tal não contava, porque São Domingos, julgava-se
intocável
e inamovível,
fiando-se na falsa áurea do seu auto-endeusamento político. São José, foi implacável
e intransigente, pois sabia perfeitamente que deixando São Domingos prosseguir com
a sua saga arrebatadora e sofregante de se enriquecer apressada e desesperadamente,
não lhe sobrariam margens nem migalhas, para ele mesmo, também se servir, como
era sua pretensão.
Não se conformando, São Domingos
“fingi, aceita retirar-se” e delega estratégicamente em São Carlos, o decano,
para em seu nome e sob seu contrôlo remoto, dar-se seguimento aos seus planos de
se enriquecer rápidamente a qualquer custo ou preço. São Carlos porém, contrariamente
ao engendrado, não teria a sua missão facilitada por ferrenha oposição de São
José e seus Apóstolos, pelo que, não lograria voltar a ter mãos sobre o
cobiçado maná
público,
fonte de riqueza, fortemente disputado entre as “duas Santidades”.
Vendo-se contrariado nos seus
intentos e com pouco tempo para executar os seus planos, São Domingos, chama
São Geraldo, o seu mais fiél e eficiente Apóstolo e confia-lhe a dificil
missão de, na perda eminente do fontenário público, realizar o “milagre” de
arrecadar por qualquer meios, o maior espólio de riqueza possível,
para com ele, constituirem o arsenal de guerra para poderem enfrentar os difíceis
tempos com a qual seriam confrontados, por força das perseguições de que seriam
alvo da parte de São João e seus Apóstolos (estes, que antes São Domingos, escorraçara e
velinpendiara da sua grande casa, de forma humilhante...). São Geraldo, Apóstolo
devoto e cumpridor, tinha que executar essa dificílima missão, que tinha tanto
de urgente, como de arriscada, porquanto exigia inteligência e mestria cirúrgica
na sua execução e, acima de tudo, não devia deixar pistas e sair-se com o
colarinho branco e bem imaculado.
São Geraldo, antigo subdito
experimentado de Ali Babá na sua encarnação pecadora dos tempos da Firkidja, que o
tornou foragido nos Wolof Ndiaye por longos anos, não teve dificuldades em
encontrar, o engenho e a arte para fazer à vontade de São Domingos e encontrar
uma forma “límpida
e imaculada” de constituirem o tão almejado arsenal financeiro que os
permitiriam precaverem-se dos tempos da cólera que os esperavam.
Veio à luz ao espírito
de São Geraldo e, célere como nos bons tempos de larápio experimentado pela
Firkidja, corre a recuperar a velha “escritura” do Resgate do BAÚ
(BAO
entenda-se) para servir de alíbi e fachada à grande golpada de despedida do
poder.
Os tempos foram passando... e, muitos
e “milhares” de anos e,
E..., chega-se aos novos tempos..., nova era
dos tempos, onde os “Santos” já não são Santos, pois perderam esse “estatuto”, passando
a meros mortais e como tais, passarão a ser chamados pelos seus próprios nomes
: Domingos Simões Pereira (DSP) e Geraldo Martins (GM), acrescentando-lhes os
respectivos apelidos que merecem : LADRÕES DO POVO.
A “escritura” do BAÚ, aliás, nos novos
tempos, o “Resgate do BAO”, é um velho dossier que, inicialmente contou
com a assistência técnica do BCEAO e fora concebido com o propósito
e finalidade defensável de interesse nacional, que visava fundamentalmente
permitir, meios de recuperação económica e consequente ressarcimento dos
prejuízos
sofridos pelos operadores económicos nacionais, devido a interrupção da
campanha de comercializacão da castanha de cajú de 2012, por força do golpe de estado
de abril do mesmo ano, acontecimento que os colocou em situação de completa
descapitalização e quase insolvência.
Contudo, contrariamente ao inicialmente
programado e tendo em mente uma agenda mafiosa que visava acaparar-se no mais
curto espaço de tempo que então lhes restava no Governo, do maior montante possível
de fundos públicos, DSP e GM, alteraram por completo todo o mecanismo concebido
para a realização do resgate, dando-lhe o fim, a realização de um golpe de
filigrama que lhes permitiu locupletarem-se mafiosamente de bilhões de francos
CFA, às custas do Estado da Guiné-Bissau.
Essa acção criminosa, foi minuciosamente
montada sob orientação directa e instruções expressas de DSP e fielmente executada
por GM, e cuja operação permitiu-lhes conseguirem um enorme encaixe financeiro,
com o qual subsistiram folgadamente nos tempos das “vacas magras”, que se seguiram
à perda do controlo da roubalheira que faziam do erário público. Na posse dessa
avultada soma (entre outras, descaradamente e criminosamente desviadas nas
vésperas da queda do “governo” de Carlos Correia), pode assim, DSP manter a
opulência dos seus vicios e do seu grupo de ladroagem, adquirindo bens imóveis
no país e no estrangeiro, variadissimos terrenos nobres no centro de Bissau,
dotar-se a sí e à familia de uma imponente frota de viaturas de luxo, assim
como possuir poder económico considerável, para alimentar a dispendioso máquina
de resistência e propaganda política tentacularmente instalada, com que levou o
seu combate travado nesses tempos duros da oposição e com propósitos de
reconquista do poder
Esse golpe, teve dois protagonistas
principais, os dois maiores escroques políticos da Guiné-Bissau, Domingos
Simões Pereira e Geraldo João Martins e, contou igualmente, com um actor
secundário muito conhecido nos meios da escroqueria jurídica, o Dr Carlos Pinto
Pereira, vulgo “Caias”, o advogado das causas perdidas e das aldrabices ganhas.
O montande desviado com a “capa” do Resgate, foi de 3,9 bilhões de Francos CFA
(isto é, seis (06) milhões de Euros), dando-se assim corpo, ao maior
golpe de colarinho branco que a nossa história governativa conheceu até a
presente data..., um golpe de mestre, um “resgate” de sonho para o bolso e as
finanças, do grande Rato Esquema, DSP e o seu bando.
Mas
como conseguiu esse famoso trio de escroques alcançar tal feito ?
Inicialmente, o resgate previa uma “carteira
limpa” devida e criteriosamente seleccionada de aproximadamente de 19 bilhões
de francos CFA, que englobava o conjunto dos operadores económicos lesados pela
interrupção da campanha de comercialização da castanha de cajú interrompida
pelo golpe militar de 12 de abril. Porém, para obterem maior margens de ganhos
com o esquema de desvio maquiávelicamente montado é que aos valores iniciais retidos
da carteira a resgatar, foram incorporados mais 20 bilhões de francos CFA
(integrando as dívidas de montante mais avultadas e com maior risco de
recuperação dos devedores do BAO), fazendo empolar o montande global da
carteira a resgatar para os 39 bilhões de francos CFA, os quais seriam
assumidos pelo Estado e que este por sua vez, o confiaria ao advogado Pinto
Pereira para os “cobrar” junto aos devedores, num prazo de dez (10) anos.
Depois de inflacionarem propositadamente
o montante da carteira do crédito a ser resgatado para valores astronómicos,
DSP e GM passaram para a fase seguinte, que era de encontrar, o melhor e mais desimulado
meio, que os permitissem sacar, o mais rapidamente possível os elevados montantes
à partir dessa operação financeira do endosso ao Estado da carteira de devedres
do BAO. Foi assim que, de conluiu com o advogado escroque, Dr Pinto Pereira,
engendraram e utilizaram o esquema da percentagem dos honorários advogatícios a
cobrar sobre o montante da dívida à resgatar, para assim através de um golpe subrepticio,
puderem locupletra-se de uma importante verba de quase quatro (04) bilhões de
francos CFA.
Mas
porquê, aumentar assim drasticamente esses valores no conjunto do montnte do
resgate ?
Simples..., pois quanto mais elevado fosse o
montante da carteira a “recuperar” confiada ao advogado, maior seria a grandeza
do enriquecimento ilícito a conseguir, pois ao Pinto Pereira, advogado dos
esquemas obscuros, foi convencionado honorários correspondentes à 10% do valor
da causa (da carteira a resgatar), ou seja quase quatro (04) bilhões de francos
CFA !!! Uma enormidade de dinheiro, pois em situações normais, tais honorários
não podiam ultrapassar 1,5% do valor da causa, de acordo com a aplicação da
tabela dos honorários advogatícios em vigôr.
O mais caricato e suspeito nesse jogo
mafioso é que, para uma carteira que devia ser recuperada em dez (10) anos
!!!!! ?????..., ao felizardo advogado (que ao que se sabe, nem chegou a redigir
o famoso contrato de cedência da carteira, da autoria de Dr Diogo de Lacerda
PCA do BAO), foi-lhe pago de imediato, os tais (quase), quatro (04) bilhões de
francos CFA. De imediato e sem mover uma palha..., que generosidade meu Deus
!!!!
Pergunta-se
! mas porquê, pagar logo à cabeça todo esse montante se a recuperação deveria
ocorrer em dez (10) anos ? Se vier a não recuperar ? Porquê não lhe pagar
paulatinamente à medida que ia recuperando a dívida junto aos devedores ?
Tudo muito simples caros
concidadãos..., o honorário faraônico atribuido ao grande “Caias”, era uma
simples fachada para DSP e GM sacarem dinheiro à pressa ao Estado e também era a
única forma de o terem rapidamente nas suas posses. Esse montante, deveria ser
pago de imediato, para logo depois se proceder ao esquema da distribuição do
espólio do golpe.
Portanto, o advogado Pinto Pereira com
a sua famosa percentagem de 10% do valor da carteira, não passou de uma “barriga de aluguer” para branquear o
trânsito de avultadas somas para as mãos e controlo de DSP e GM. Aliás, o
advogado quando ouvido pelo Ministério Público (MP), admitiu o crime e, sem
rodeios confessou que, desse montante, só tinha recebido trezentos e noventa
milhões (390.000.000) de francos CFA e, sobre cujo rendimento, foi inclusivamente
obrigado a pagar os respectivos impostos. Porém, lamenta-se que, ora por
inércia, ora por falta de rigôr e competência, o MP, apesar dessa confissão e
demais provas recolhidas à partir da sua audição, não diligenciaram e deram o devido
seguimento a esse dossier que, poderia naturalmente conduzir DSP e GM às contas
com a justiça e consequentemente à prisão.
Apetece
então perguntar ! E o resto do dinheiro ? Qual foi o seu paradeiro ?
É fácil descobrir o paradeiro e os
beneficiários... Basta seguir a traçabilidade dos cheques ao portador emitidos
pelo Dr dos Esquemas, o causídio da escroqueria, Pinto Pereira. Na realidade, acto
continuo ao depósito na sua conta no BAO desse avultado montante, o Dr Barriga
de Aluguer, emitiu mais de uma dezena de cheques ao portador à favor de pessoas
que, paradoxalmente, tinham todos em comum uma ligação forte e intrínseca com a
figura central de DSP. Todas essas pessoas, são umbicalmente ou fortemente
ligadas a DSP (eram, a esposa, filho, irmão, amantes, concubinas, comadres,
amigas “intimas”, amigos, jornalistas e bloguer’s seus conhecidos “bocas de
aluguer” e repoteres privativos, etc...), e foram identificados como benefiários
dessa golpada, quer na qualidade de beneficiários directos do golpe, ou como
meros barrigas de aluguer, para em última instância, fazerem transitar o
dinheiro, acabando em última instância nas suas mãos, como o principal beneficiário
do maior e mais famoso golpe de colarinho branco da nossa história.
Pelas nossas investigações e documentos de que dispomos, a
traçabilidade das operações permite-nos assegurar com plena certeza de que, DSP
pessoal e directamente, beneficiou dessa operação do montante líquido de 2,9
bilhões (2.900.000.000) de francos CFA, com as quais adquiriu (pagando cash), um apartamento de alto standing
com vista para o mar no Parque das Nações em Lisboa-Portugal no valor de
600.000 Euros, uma vivenda duplex nos Almadies em Dakar, através da
intermediação do “Tchitchi” Nancassa,
no valor de mais de 500 milhões de francos CFA, um terreno nobre no centro de
Bissau de 1800m² junto ao Estádio Lino Correia, no valor de 290 milhões de
francos CFA pagos ao BAO, a compra de seis camiões de 20 tons de recolha de
lixo, para reforçar a frota de veículo do filho envolvido no contrato de vazamento
de lixo com a CMB, a compra e legalização de dezenas de vastos lotes de terreno
estratégicamente localizados, onde pretende executar futuramente projectos
imobiliários e outros investimentos.
Esta é a verdadeira história por trás
do Resgate do BAO, contrariamente ao inventado e mentido por DSP e GM, autores
de um projecto de puro golpe de colarinho branco de fim de regime. Esse enorme golpe,
foi urdido, planeado e coordenado por DSP e executado por GM e tinha como propósito
e teve o objectivo plenamente alcançado que, foi dar um golpe mafioso para se
enriquecerem individamente com o erário público no montante de quase quatro
bilhões de francos CFA (mais de seis
(06) milhões de Euros).
Hoje causa-nos revolta a propagaçõ d,
projecto de mentira e manipulação que DSP e os seus acólitos destilam na
sociedade, por isso decidimos denunciá-lo e combaté-lo e ao seu grupo com todos
os meios ao nosso alcance. Este é o começo de muitas denúncias que se seguirão,
sobre a sua falsa e mentirosa figura.
Bem hajam,
Autores identificados C.P.L. e G.T.D.
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